quarta-feira, 22 de abril de 2009

O TEMPO E A MENTE HUMANA

A fim de analisarmos a relação existente entre o Tempo e a Mente Humana, cabe inicialmente realizar uma observação histórica, tanto sobre a formação e desenvolvimento do conceito de Tempo, quanto o conceito de Mente Humana.
Observando-se historicamente o desenvolvimento da noção de TEMPO pela Espécie Humana no decurso de sua evolução sócio-econômica e cultural, tendo como ponto de referência os povos originários da Civilização da Carência poder-se-ia considerar a seguinte evolução:
a) com certeza a primeira noção de tempo observada pela Espécie Humana foi a de Tempo da Luz – dia, e o Tempo das Trevas – noite. Também os seres humanos devem ter estabelecido logo a distinção existente entre o dia como período mais propício para as atividades relacionadas a Sobrevivência do Indivíduo; estando a noite mais reservada para o descanso, o repouso e as atividades mais diretamente relacionadas com a Sobrevivência do Indivíduo; estando a noite mais reservada para o descanso, o repouso e as atividades mais diretamente relacionadas com a Sobrevivência da Espécie – proteção e multiplicação dos filhos;
b) nas regiões frias e subtropicais, a segunda noção de tempo, com certeza esteve associada às estações do ano. Um período mais quente, propício à colheita, caça e pesca; e outro período mais frio, mais exigente na área da Proteção – agasalho e moradia – e nos bens sobrevivência – alimentos e combustível (lenha);
c) com o multiplicar das experiências e resultados alcançados, surgem as frações do dia e frações do ano, fundamentadas no princípio de que quanto maior o grupo social, maior a necessidade de organização. Como conseqüência mais se intensifica a necessidade de subdividir o tempo, a fim de utiliza-lo com maior eficiência:
- o dia é subdividido em períodos matutino, vespertino e noturno e em horas;
- o ano é subdivido em períodos lunares de 28 dias, é a primeira noção de mês; e o mês é subdividido em 4 semanas e 7 dias correspondendo às 4 fases da lua: de Lua Nova à Quarto Crescente, desse à Luz Cheia, dessa ao Quarto Minguante e do Quarto Minguante à Lua Nova.
Todas essas noções de Tempo, estão diretamente relacionada com as necessidades de Sobrevivência. Quanto mais exigente são as necessidades de sobrevivência, mais os seres humanos precisam otimizar a utilização do tempo.
Quanto mais exigentes as necessidades de sobrevivência, também, e na mesma proporção, evoluem as necessidades de aperfeiçoamento das estratégias e técnicas que facilitem a obtenção de resultados que possam satisfazer tais necessidades.
Quanto mais são aperfeiçoadas as estratégias e técnicas, mais aumenta a necessidade de otimização no uso do tempo; e, conseqüentemente, mais o “tempo fica curto” e mais faz-se necessário fracioná-lo, a fim de melhor aproveitá-lo. E as horas são subdividas em minutos e segundos. Especialmente com a Evolução Tecnológica do século XX, surge a necessidade de fracionar os próprios segundos em décimos, centésimos e milésimos.
Observe-se que todas essas exigências de otimização no uso do tempo refere-se à organização do mundo exterior: atividades práticas e funcionais.
Observe-se mais, a Organização das atividades produtivas, visando suprir as necessidades de Sobrevivência, determinam a necessidade de ser planejado o uso do tempo; de prever, portanto, o futuro, não apenas viver mecanicamente o presente.
Tudo o que foi exposto acima refere-se ao tempo Objetivo, medido segundo padrões diretamente relacionados ao funcionamento do Grande Relógio do Sistema Solar.
A medida do tempo também expande em lustros, décadas, séculos, milênios, anos luz...]

TEMPO SUBJETIVO

Afirma-se, inclusive, que o tempo não existe, pois seria apenas resultado de uma norma, de uma convenção humana. Cabe contudo questionar de que tempo esse está falando:
• tempo Objetivo ou Subjetivo?
• tempo do mundo Exterior ou do mundo Interior?
• tempo absolutamente exato do Relógio do Sistema Solar?
• tempo absolutamente Relativo do Sistema Emocional?

O TEMPO E A MENTE HUMANA

O Ser Humano relaciona-se com o mundo exterior e objetivo ou com o mundo interior e subjetivo, através de sua atividade mental. É o consciente, a função racional da mente humana que, através dos sentidos, observa, avalia e organiza o tempo objetivo e funcional. Mas é através do Subconsciente, a função mecânica da mente humana, que a pessoa “sente o tempo passar”, avaliado pelo sistema emocional de cada pessoa. Cada ser humano mede o tempo subjetivo por seu sistema emocional próprio, individual e único.

LENDA JAPONESA
Não sei se li em algum lugar ou se me foi revelado em sonho, mas essa lenda japonesa está assim vivamente registrada em meu ser:

Houve um tempo, em que o tempo era o tempo todo sempre igual.
De tanto os seres humanos viverem e conviverem com esse tempo o tempo todo sempre igual, passam a sofrer de tédio, resultado dessa monotonia do tempo, o tempo todo sempre igual. E começam a discutir entre si sobre essa monotonia do tempo, o tempo todo sempre igual. Aos poucos a discussão torna-se descontentamento e rebelião. E um coro oníssono de vozes clama aos céus, reclamando do tédio, da monotonia, do tempo, o tempo todo sempre igual.
O criador do Universo, de tanto ouvir reclamações, decide atender as súplicas dos seus descontentes filhos e avisa:
- Descontentes seres humanos e filhos meus, vocês estão cansados e entediados com o monótono ritmo do tempo, pois preparem-se, a partir de amanhã, serão implantadas significativas mudanças no ritmo do tempo.
No dia seguinte, instalou-se verdadeira confusão nos compromissos de horários a serem respeitados pelos seres humanos Pessoas tristes, queixosas e insatisfeitas chegam aos locais de seus compromissos muito antes da hora marcada e têm mais um motivo para ficarem descontentes. E passam a reclamar dos incompetentes que se atrasam.
Pessoas alegres, risonhas e felizes, súbito dão-se conta de que estão atrasadas. Não viram o tempo passar. Diante da confusão estabelecida, o Criador do Universo que a tudo assistia com sorriso irônico, fazia ouvir sua voz proclamando:
- Vocês, seres humanos, quisera que eu mudasse o ritmo do tempo, pois assim é e assim será, de hoje e para sempre: quando vocês estiverem tristes, cansados, doentes, pesarosos e descontentes, sufocados pelo sofrimento, o tempo terá sua marcha reduzida e passará lentamente.... No entanto, quando vocês estiverem contentes, alegres, animados, radiantes, vibrando de entusiasmo – flutuando nas asas da felicidade, o tempo terá seu ritmo acelerado. Veloz será o correr das horas e o passar dos dias.
E a partir daquele dia, muitos minutos parecem séculos, e muitos anos parecem minutos.E já existe os que reclamam por ter sido alterado o ritmo do tempo, e eles mesmos se alteram. Contudo, o Criador do Universo, sabe que cada ser humano pode aprender a organizar seu mundo interior e a dar o ritmo que quiser a seu tempo.
E ainda há tempo para isso.
O TEMPO OBJETIVO – medido pelo Sistema Solar – está diretamente relacionado com a eficiência no desempenho de atividades que visam garantir a Sobrevivência do Individuo, do Ser Único e da Espécie, analisado e avaliado segundo a Evolução Estratégica e Tecnológica do meio sócio-econômico e cultural.
O TEMPO SUBJETIVO – medido pelo Sistema Emocional – está diretamente relacionado com o grau de insegurança, desconfiança e medo ou grau de segurança, autoconfiança e tranqüilidade no relacionamento da pessoa consigo mesma, como indivíduo, com os demais seres humanos com quem convive ou com o meio em que se inseres, avaliando-se – subjetivamente – em sua eficiência e desempenho na garantia de sua própria Sobrevivência como Indivíduo, Ser Único e membro da Espécie.

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